Durante a vida adulta, a próstata (uma glândula localizada abaixo da bexiga nos homens e que tem função de produzir parte do líquido da ejaculação) pode ter um aumento de volume progressivo com o passar dos anos.
Esse aumento não é considerado um precursor do câncer de próstata, é um aumento benigno natural que ocorre em grande parte dos homens. A bexiga faz seu esvaziamento da urina através de um canal chamado uretra. Em seus primeiros centímetros a uretra passa pelo interior da próstata. Com o aumento progressivo do volume da próstata pode ser que a uretra sofra uma compressão e consequentemente a bexiga apresenta dificuldades para esvaziar totalmente a urina armazenada em seu interior, com fluxo urinário diminuído e sintomas variados ao urinar.
Alguns métodos minimamente invasivos (endoscópicos, sem cortes) foram desenvolvidos para o tratamento da hiperplasia prostática benigna e foram um grande avanço no tratamento da próstata nas últimas décadas. Vários métodos foram apresentados nos últimos anos: abaixo alguns métodos utilizados mundialmente, aprovados para uso com segurança pelas agências reguladoras de saúde americana, europeia e brasileira.
Cirurgia de próstata
A lógica da cirurgia de próstata consiste em alargar o local da obstrução da uretra sem retirar toda a próstata (diferente dos casos de câncer de próstata em que se retira toda a próstata), o que faz com que os nervos que são responsáveis pela ereção sejam preservados pelo procedimento, o que em sua grande maioria preserva a função da ereção após a cirurgia.
Como a próstata participa do processo de ejaculação, qualquer método utilizado para tratamento da hiperplasia prostática (incluindo os medicamentos) podem causar diminuição ou ausência do líquido durante a ejaculação, geralmente sem alteração da sensação do orgasmo. Essa situação, conhecida como ejaculação retrógrada, não traz perigo ou dano ao paciente, mas deve ser discutido antes do tratamento pois pode alterar a fertilidade em pacientes que ainda tem intenção de ter filhos.